Sunday, February 03, 2008
A POLÍTICA E O BIDÉ
A política e os politicos portugueses fizeram-me pensar em bidés. Porque será?
Deixo-vos aqui um excerto com comentário final de um artigo que escrevi sobre o venerável objecto, e duas imagens de bidés antigos e raros.
"Chamar-lhe o confidente das damas, é reduzir o utilíssimo objecto à expressão erótica e obscena de que a literatura libertina se apoderou desde que o seu uso foi adoptado e conhecido no século das Luzes, da Filosofia e dos primórdios da medicina moderna na Europa.
Nesse sentido o bidé seria um medianeiro entre a secreta intimidade feminina e a mente daqueles que se compraziam em recreá-la, fantasmagoricamente e sem limites, nas suas cabeças.
Naturalmente os puritanos não gostaram disso e preferiram nem lhe referir o nome, não fosse ele alimentar a lasciva imaginação de quem o ouvisse ou o proferisse. Falavam dele de forma rebuscada e caricata. Havia assim o “móvel de guarda-roupa que montamos quando dele nos queremos servir” ou aquele que “que contém uma bacia sobre a qual nos podemos sentar”. Entendiam eles que o bidé não deveria constar do mobiliário de casa de banho de uma mulher sensata, honesta e mãe de família. Coisa curiosa, para esses era como se o dito objecto fosse usado exclusivamente por mulheres. Assim pensavam ainda os autores do dicionário da Academia Francesa de 1932, associando o bidé apenas à “toillete” feminina".
Comentário:
Claro que o bidé é para todos, mulheres e homens, e até para os políticos lavarem as suas porcarias. Não querem? Pois é. A isto se chama o triunfo dos porcos!
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